SELFYS 005 – Espetáculo nos ares
Um espetáculo estava no ar todos esses anos, fogos de artificio e milhares de festas em coberturas cinematográficas surgiam em meu imaginário, sempre que eu passava pela ponte que liga a Fernão Dias e a Marginal Tietê ao Aricanduva e via a paisagem em grande parte do Tatuapé e arredores, eu via muito futuro!
Eram de fato fantasias aos montes, e por essa razão virou arte, a arte que faz sonhar. Nessas visões ou viagens mentais, eu muitos edifícios com piscina na varanda, muitos telões de propagandas, além de comerciais holográficos naqueles limpos céus negros e estrelados, e festas sem fim de gente que enriquecia com uma nova mídia pautada no que existia.
Oras seria então a tecnologia de divulgação existente hoje em dia, que fazem as pessoas ficarem ricas devido seu conteúdo ali explicito, e que na Selfys viram emissoras, tanto no sentido figurado como de emitir informações como fazem os canais de televisão, eles trazem todo um leque de novas ideias, pautadas naquela temática de antes e depois, algo que também se formos analisar, está existindo, pois sinto um sentimento de nostalgia jamais visto antes entre as pessoas.
Na arte se nota a presença de uma grande emissora nacional, que inclusive mudou por ora seu logo. Uma coincidência obviamente!
Eu sempre gostei desse aspecto da mídia e das antenas receptoras, dos sinais da televisão que chegam nas casas, como uma mágica nos ares, nas telas, por vezes ali, a vida parece ser fantástica, devido suas criações e o dinamismo quando que observado nos tempos atuais.
Conforme eu passava de carro, naquele famoso viaduto, e via aqueles edifícios com luzes acessas, seja com meu pai ao vir da casa de parentes, seja com outros conhecidos, ficava a imaginar o que aquelas pessoas assistiam em suas televisões, e se um dia algo estivesse no ar para que todos pudessem assistir? Quem sabe ser famoso? Ou fazer um lugar inteiro ser assim?
Pensava eu no contexto de Ville Famous sem saber!
Na arte trago mais um trecho do que é Ville Famous, com seus luxuosos, mas sendo mais forte no teor de serem futuristas, apartamentos, sonhos nos moldes paulistanos, sem construções ousadas, porém altas, cheias de espaço onde parecem não existir. Assim como as artes que parecem não ter tanto conteúdo, mas acabam tendo de certa forma.
Ali havia espaço para todos, uma vez sendo lugar dinâmico, e isso se refere aos personagens da Selfys, ou seja, lugar de muitas culturas, logo palco de visitação de artistas, que criavam suas obras naquelas espaçosas varandas, que pintavam, que tiravam fotos em câmeras holográficas, ás vezes de mulheres modelos, de vestimentas belíssimas, sentadas em pianos, em apartamentos vitrine com vista para a cidade, repleta de luzes, hologramas e milhares de propagandas em telões transparentes, ou em pleno ar, devido a tecnologia daquela época a frente.
O tempo, a temperatura era tão agradável como a de um sábado a noite, quando existe em nossas agendas uma festa repleta de gente ali presente, da qual sempre gostamos e que sempre saem risadas entre um drinque ou outro.
Parecia mesmo um filme, e em cada apartamento daquele futuro tinha uma festa, semelhante aos edifícios de Copacabana em dia de réveillon, mas sendo nesse quesito, algo diário, um espetáculo melhor dizendo, bastante inspirador. Afinal viver ali era uma arte também.
A mídia fazia dali sua segunda morada, era um local que parecia um filme em seu cotidiano, merecia destaques diários, acima das más noticias, algo de outra dimensão, tendo interferência aos poucos na vida real, uma espécie de essência de fama e glamour pairava no ar, e um certo americanismo mesclado com o tropical Brasil e sua natureza.
Uma espécie de Brasil do futuro, onde o antigo e moderno casavam perfeitamente em todos os aspectos daquela que chamo de Ville Famous.
Milhares de assuntos pareciam sair daquelas janelas, atrás de cortinas que imitavam os ares do século dezenove, é como se o passado viesse através de fantasias como um carnaval, em forma de festas temáticas de marajás que vieram a visitar o local, mostrando tudo numa rapidez tecnológica, para qualquer parte do mundo, através de filmagens em câmeras com tecnologia 16k.
A quatro anos atrás 2020, tive visões de inclusive danças em uma das coberturas desses edifícios, e lógico que lá eu queria estar, mas era outra dimensão. As danças lembravam, não sei por que, as danças árabes, haviam aquelas mulheres vestidas de roupas de mil detalhes, impossíveis de estarem em meus desenhos, havia ouro e outras joias, como em países dessa cultura.
Seria então essa parte de Ville Famous revelada a mim naquela época pelo ar, pela inspiração, pelo mistério do tempo. E não havia sequelas alguma na minha mente, pois logo aquelas visões se desfaziam, assim como o vento que sopra as nuvens no alto dos céus, fechando então sutil cortina, entre o fantástico e o real cinzento da vida real de uma cidade moderna.
Nos bares e cafés, de fachada sempre repleta de telões ultra modernos e brilhantes, repletos de poltronas de fina estampa e design futurista e plástico, muitos ou todos, destinados a grandes reuniões, de jovens e gente mais antiga, além dos artistas, que apreciavam e criavam arte e inovações de marketing, fazendo daquele lugar uma verdadeira roda criativa infinita, e é claro que a energia de tudo aquilo era bem forte e marcante, sendo ali um lugar nunca visto antes em país nenhum.
Aliás nem seria possível, pois o país tinha nessa realidade, luxos que outros lugares não existiam, além de champanhes estourados aos milhares e festas que viravam a noite. Logo refiro me a farra brasileira, que igual não tem.
Acima da fita revelada, vemos a tal sociedade de tempos festeiros, além dos carros de Ville Famous, criados ali mesmo, naquele lugar fantástico.
A televisão traz o aspecto com seus balões de que há novas noticias interessantes do novo cotidiano, ela é um meio de aumentar consideravelmente a audiência tanto para Ville Famous como para ela mesma, e isso chama a atenção de Marizete, Marieta e Marilândia, as atiçando junto com o clube das madames, que trazem por outro lado a critica e a intriga, e que de fato deixam aquele fantasioso lugar ainda mais apto por curiosos.
Muitos não conseguem chegar a cidade grande, sem ali passar antes, pois as novidades pululam a cada esquina com seus novos e diferenciados, além de altos lançamentos imobiliários, sem falar em um publico vindo até do exterior levando cultura a uma região, parecendo países super conhecidos assim dizendo.
A essência daquele lugar é meio plástica, ou seja, futurista, e um tanto quanto engraçada devido as cores e movimentos que aquela região acaba por ter com tantas novidades de qualquer tipo. E tudo mais rápido, como a tecnologia sofisticada em todos os segmentos.
Eu também vi com minha criatividade, muitas crianças daquelas cheias ruas de carros, cheias de flashs de câmeras holográficas, e roupas de cores brilhantes e de uma moda peculiar, andando e segurando balões de luzes, dentro deles eu via a imagem da via láctea, numa espécie de holograma, talvez fosse moda entre elas daquele futuro utópico, elas todas sabiam fazer marketing, por isso chamava a todos graças aos seus aparelhos modernos de comunicação e com sua graça, para visitarem Ville Famous.